sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Destinos Ligados


Ontem assisti ao filme Destinos Cruzados.. achei o título meio tosco e a capa horrorosa, mas alguém havia me indicado e resolvi dar uma chance, até porque o elenco é de peso... realmente aparência não é nada e conteúdo é TUDO! Mas, antes de falar a sinopse dele, para ficar menos pior, vou colocar o título e capa originais, estes sim dignos de um BOM filme:


Sob a direção de Rodrigo García ( é, nada menos, do que filho do escritor colombiano Gabriel García Marquez), o filme conta a história de três mulheres, que vivem histórias bastante diferentes, e lutam para manter o controle de suas vidas. Elisabeth (Naomi Watts), é uma inteligente e bem-sucedida advogada que usa seu corpo e sua lascividade sexual para conseguir tudo o que quer e, através do seu charme inicia um romance com seu chefe (Samuel L. Jackson). Karen (Annette Bening, sen-sa-cio-nal no papel) é uma médica fisioterapeuta que, por viver amargurada, cheia de culpa e arrependimentos, esconde seu lado bom, de uma pessoa muito sensível e amável. Isso porque ela engravidou aos 14 anos, entregou a filha Elizabeth para adoção há quase 40 anos e não supera a dor por ter tomado esta decisão. E Lucy (Kerry Washington) é uma mulher casada que não consegue engravidar e resolve recorrer à adoção para ter a família que tanto deseja.

É um filme bastante forte e que, ao mesmo tempo, transmite o tema adoção e relações humanas com muita sensibilidade! Fiquei tão envolvida pelo filme que mal vi passar suas 2hs e 05 min. de duração. Realmente, o fiquei positivamente surpreendida... não só a trama muitíssimo bem direcionada, como a atuação brilhante do casting envolvido. Sempre fui uma admiradora do trabalho da Annette Bening, mas nesse filme ela superou até mesmo as minhas altas expectativas. O filme envolve mulheres que são naturalmente complexas e seus sentimentos  mais profundos (medo, expectativa, amargura, amor materno, etc), o que acaba por gerar uma certa identificação do telespectador com pelo menos alguma das personagens (reparem que o foco são relações maternas mesmo e, para realçar ainda mais isso, as figuras paternas ou não existem ou são bem apagadas no filme). Além disso, fica a forte mensagem de que nem tudo o tempo consegue apagar e que adiar coisas inadiáveis na tentativa de que elas "evaporem" não resolve os problemas de ninguém... Há cenas em que nada precisa ser dito, pois elas tem tanta força que dispensam palavras..


"This film shows the filial longing and loss caused by breaking the natural bond between mother and child".


Um comentário:

  1. Ok...ok...me convenceu!
    Adoro esses filmes confusos...com um bom elenco então...até pq me envolvo, quando não quero me tornar a personagem...rs!

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